Muita gente me perguntou sobre o Disney Cruise que fizemos agora em maio, e por isso decidi fazer um post detalhando a viagem e as dicas desse cruzeiro tão bacana e diferente de todos outros que já fiz.
Vamos lá. Para começar esse foi meu quarto cruzeiro e o primeiro que fiz com crianças. Minha estréia num navio foi lá no século passado, em 1997, na Royal Caribbean. Não recordo muitos detalhes dessa viagem, eu era adolescente e fui com meus pais e irmãos, mas foi um roteiro bem parecido com o da Disney, teve Bahamas como destino e 3 noites a bordo saindo de Miami. Lembro do básico, jantar com capitão, piscina, lojas, águas claras do Caribe.
O segundo foi um cruzeiro de 2 semanas para a Patagônia em 2008, saindo de Santos e passando por Argentina, Uruguai e Chile. O navio era o Grand Voyager, e as paisagens que vi nessa trip foram inesquecíveis. Destino incrível, com destaque para Ushuaia e Canales Fueguinos. Muitos glaciares, animais marinhos e festas a bordo. 14 noites é um período bom para uma viagem se você dispõe de tempo de sobra, pois é suficiente para conhecer o navio a fundo, aproveitar cada canto dele e ainda fazer boas amizades. Você realmente se sente em casa e aproveita tudo.
O terceiro foi em 2009, no finado Costa Concordia, lembram-se dele? Aquele que está afundado na costa italiana depois de uma barbeiragem do capitão? Era um navio lindo e enorme, o maior do mundo naquela época. O cruzeiro foi curto também, 4 noites na costa brasileira, visitando Búzios, RJ e outros. Tinha um SPA fantástico e boa área de entretenimento, porém tudo estava sempre cheio.
Resumindo, foram 3 cruzeiros em 3 companhias marítimas diferentes. Para mim o que conta pontos numa viagem de navio são as paradas (portos a visitar), a estrutura de lazer e a alimentação. Nos 3 cruzeiros acima, nenhum tinha comida excepcional e apenas o segundo era all inclusive. Nos outros as bebidas eram pagas à parte. O Grand Voyager teve a vantagem de ser um cruzeiro menor (1200 pessoas ao contrario das mais de 3 mil nos outros) e de parar nos lugares mais fantásticos do extremo sul das Américas. Todos tinham piscinas pequenas, mas em compensação jacuzzis bem aquecidas. Levando em consideração todos os pontos acima, uma viagem proveitosa depende de uma combinação de fatores que façam sentido para a sua família e para aquilo que você procura. Mas uma coisa é fato: se você gosta de mar, você nunca vai se decepcionar com um cruzeiro. Podem existir fatores negativos ou opções que não te agradem totalmente, mas estar num deck alto ou na varanda do seu quarto (se você tiver a sorte de estar numa cabine com vista pro mar) e olhar a imensidão azul à sua frente, sem preocupações mundanas e sem tempo corrido, é um bálsamo de vida. Só isso faz todo o resto valer a pena.
Agora com filhos, tudo muda de perspectiva. Eu tinha a principio a ideia de não ir com eles a um cruzeiro. Tinha medo deles estarem com um monte de gente indo e vindo, dos vãos nas cercas do navio, da falta de entretenimento infantil e montes de ideias que as outras viagens “só pra adultos” me deixaram pré-concebidas na cabeça. Tinha a impressão que ir num navio com crianças seria apenas me preocupar com eles e não me divertir. Mas agora morando aqui nos Estados Unidos, a terra dos cruzeiros, comecei a ler mais sobre o assunto e pesquisar as opções. Logo de cara quando me deparei com os Disney Cruises, a primeira coisa que chamou a atenção é que eles são mais caros que os outros. Sim, os preços são mais altos e comparativamente você pode cometer o erro de logo exclui-los das suas opções, se não for a fundo e descobrir o porquê disso.
Os navios são novíssimos. São lavados todos os dias. Inteiros. Por dentro e por fora. No dia que passamos em Nassau, ao lado tinham outros 3 navios que pareciam antigas carcaças perto do Disney Dream. Marcas de ferrugem, decks descacando. O Dream foi construído em 2011 e se mantem impecável. Todo seu design lembra os navios antigos, tem um ar de Titanic por onde você passa. Mas aliados à esse ar de tradicional estão as mais modernas tecnologias, as cabines mais bem aproveitadas e o melhor serviço de bordo que eu já vi. Começando pelas reservas, que você faz no próprio site disneycruise.disney.go.com. Tudo lógico, fácil de entender, você escolhe exatamente a cabine onde vai ficar. Dias depois, chega um DVD na sua casa explicando seu cruzeiro e suas paradas. Também chegam as tags para as malas e um guia de embarque. Você entra no site e também reserva todos os passeio off board que te interessam. Inscreve seus filhos no Kids Club. Marca tratamentos no SPA. Agenda seu transfer e seu hotel antes ou depois do cruzeiro se necessário. E até programa uma ligação do Mickey ou Minnie para sua casa ou celular, onde ele conversa com seus filhos na véspera da viagem! Nem preciso dizer que os meus amaram receber essa ligação logo antes de viajar.
Nosso porto de saída foi Port Canaveral, em Orlando. Viajamos aqui do Michigan para lá na véspera, essa é uma dica preciosa que deve ser seguida sempre. Se você não mora na cidade de embarque, não deixe para voar no dia do cruzeiro. São incontáveis as historias de pessoas que perderam a viagem inteira por atraso em voos. O navio não te espera. Ele parte pontualmente na hora marcada. Isso vale para o primeiro dia e todos os outros também. Nós passamos a noite no hotel do aeroporto e logo de manha pegamos um taxi para Port Canaveral. O transfer da Disney só compensa se você está sozinho ou em 2 pessoas, em mais passageiros um taxi fica bem mais em conta, na verdade saiu metade do valor do que sairia o transfer para nos 4, com a vantagem que parte na hora que você bem entende e sem precisar ir num ônibus cheio.
Chegando ao porto, é gritante a diferença da baderna e desorganização do porto de Santos no Brasil. Aqui você é recebido e já deixa as malas ao sair do carro, não tem que carregar nada. Já entra num prédio com ar condicionado, onde você é atendido por setores (raio x, check in, documentos e afins) com não mais que 3 ou 4 minutos de espera em cada um. Aí você vê a diferença de ter um padrão Disney na organização de todo embarque: todas as pessoas simpáticas, receptivas, personagens Disney para distrair as crianças. Logo após a ultima etapa, onde você ganha os cartões (que serão seus ID, chave do quarto e cartão de despesas nos próximos dias), você recebe um numero de grupo de embarque. E as pessoas são chamadas ao navio de acordo com o numero. O nosso era grupo 16, e quando saímos a fila estava no numero 12. Para já aproveitar, passamos na base do kids club montada no porto e já colocamos as pulseiras com sensor nas crianças. Tão lindas, que se você quiser pode levar pra casa pagando a bagatela de 12 dólares ou devolver no ultimo dia sem custo algum, que foi o que fizemos. Terminando isso já chamaram o 16, e então entramos! Não esperamos nem meia hora entre chegar no porto e entrar no navio, que diferença dos outros cruzeiros, onde 2 horas foi a media da espera. Para mim esse foi o primeiro fator que justificou o preço mais alto do cruzeiro: a eficiencia no atendimento e a quantidade de funcionários disponíveis para fazer tudo progressar rápido. Eram mais de 30 balcões de check-in abertos e mais de 100 pessoas trabalhando para que tudo se desenvolvesse sem demora. Uma foto linda logo na entrada do navio, uma caminhada pela passarela e pronto, estávamos dentro!
“Welcome Rosén Lopez Family!!!” anunciaram assim que colocamos os pés no navio. Todos grupos são recepcionados com um welcome personalizado. Uma horda de capitães e princesas davam as boas vindas para a alegria das crianças. Era quase meio dia, e os quartos só ficam disponíveis a 1:30 PM, então fomos almoçar. Escolhemos o Enchanted Garden para comer, e foi a escolha mais acertada. Ele fica no deck 2, e a maioria das pessoas chega no navio e vai comer nos decks 11 ou 12, nos buffets. Foi uma primeira refeição digna de banquete: camarões jumbo a vontade, patas de caranguejo, filet mignon preparado à perfeição, buffet de sorvete (detalhe: todos sorvetes servidos dentro dos restaurantes, inclusive esses à vontade, são Haagen Dazs). Esse foi o segundo fator que realmente justificou o preço mais alto do Disney Cruise em comparação aos outros: a comida é farta, impecável e de qualidade MUITO superior. Se para você comer bem é importante, não tem como escolher outra companhia.
Nosso quarto 9030 ficava no deck 9. Como fechamos o cruzeiro de última hora, não tinham muitas opções de quartos, mas foi a escolha acertada. Primeiramente pensei no deck 10 onde ainda tinham mais quartos disponíveis, porém ele fica logo abaixo do piso de lazer, então tem ruídos o dia todo. Também tem uma estrutura de metal tipo um beiral que “tampa” um pouco da visão do céu no deck 10, por isso se você for escolher cabine com varanda fique entre os decks 9, 8 ou até 7. Ficamos na parte da frente do navio, praticamente não sentimos o navio balançar, nem mesmo a noite. Ninguém teve enjoo ou desconforto nenhum. Um quarto com varanda é outro diferencial que despende um pouco mais de investimento financeiro em comparação às outras cabines (são 4 categorias: interna, janela externa que não abre, varanda e concierge), mas que vale cada centavo. Você ter sua área privada para olhar o mar, seja a tarde ou no meio da noite de pijamas, poder tomar um vinho vendo as estrelas, avistar arraias, tartarugas e ate tubarões, não tem preço. E aquele meu medo inicial, do perigo de criança caindo nos vãos do navio, foi totalmente infundado. Os vãos no Disney Cruise são recobertos com peças de acrílico, então não tem como uma criança passar nem se debruçar entre as barras. A segurança no navio é impecável, parece tudo feito à prova de crianças e para as crianças ao mesmo tempo.
O quarto tem uma cama de casal e um sofá, escrivaninha, frigobar, armário e espaço de sobra para guardar tudo. As malas e o carrinho fechado cabem embaixo da cama. O banheiro é dividido em dois espaços separados, um tem o vaso sanitário e uma pia e no outro fica o chuveiro e banheira e outra pia. Ou seja, todo mundo pode usar o que precisa mais facilmente sem uma única pessoa ocupar todo o banheiro. Super prático principalmente no fim do dia quando todos precisam se arrumar. À noite o camareiro vem e reorganiza o quarto, transforma o sofá numa cama e desce do teto a segunda cama, como se fosse um beliche com o sofá. O teto do quarto fica estrelado nessa parte, as crianças adoraram! Cada um tem sua luz de leitura, e uma cortina se fecha separando o espaço dos pais e filhos. O navio tem room service 24 horas, você pode pedir qualquer refeição no quarto sem custo algum (só paga a taxa de serviço e as bebidas se forem em lata ou alcóolicas, assim como também funciona no restante do navio). Uma dica legal é cada pessoa da família ter sua garrafinha de água, tipo aquelas esportivas, que podem ser enchidas nos decks de lazer a qualquer hora, assim você não precisa ficar comprando bebidas em lata ou garrafas de agua no quarto. Lá nessa estação de bebidas você escolhe entre sucos, refrigerantes, iced tea e agua. Também tem sorvete de máquina todo o dia (alegria das crianças) e snack bar com pizzas e lanches 24 horas. Fora os mimos doces que deixam no quarto durante o dia, com cartõezinhos delicados e mensagens de boa estadia. Fome você não vai passar, pelo contrário, se come demais e a todo tempo. Bem a noite, quando você acha que já se acabou de comer no jantar de 6 pratos, lá vem a ceia da meia noite com crepes e salgados maravilhosos! No último dia eu literalmente não consegui mais comer e meu breakfest foi só suco de laranja e uma fruta antes de sair no navio 🙂
Voltando ao cruzeiro, no segundo dia paramos em Nassau. Escolhemos fazer um boat tour até a Blue Lagoon Island. Fomos conhecer um santuário de golfinhos, uma ilha onde eles vivem em seu habitat natural. Os golfinhos de lá são animais resgatados que vieram de parques e zoos aquáticos americanos que fecharam (alguns devido ao furacão Katrina e alguns também porque os parques tipo Sea World estão perdendo visitantes e deixando de funcionar). Os golfinhos interagem com as pessoas, nos dão beijos, e voltam a nadar pelo mar. Infelizmente não podem ser completamente soltos, a maioria deles já nasceu cativo, me partiu o coração, mas ao menos estão no oceano, convivendo com outros golfinhos, peixes e arraias, sentindo a maré e vivendo em seu habitat original, e não uma piscina de concreto. O lugar é realmente lindo, e a Lolo se apaixonou mais ainda pelos golfinhos. Era um sonho antigo dela ver eles de perto, e que eu pensava que não se realizaria pois me recuso a levar meus filhos ao Sea World e afins. Que todos os golfinhos em cativeiro possam ser, se não soltos, reabilitados assim um dia. Faça a sua parte, não visite parques com animais em cativeiro e expostos ao publico (se tem duvidas do porquê, assista ao documentário Blackfish).
Voltamos ao navio passando pelo centro feio de Nassau, bagunçado e desorganizado. Não vale a visita. Se você não for fazer passeio, nem desça do navio nessa parada. Aproveite que muita gente desce, e o navio fica vazio e tranquilo para expolora-lo a vontade. Essa tarde passamos na piscina e no Aquaduck, um enorme tobogã transparente que circunda o navio, super cool especialmente para as crianças. Se der deixe as crianças no kids club por um tempo (eles sempre vão querer!) e vá para a parte de lazer da frente do navio, que é adults only. Piscina mais tranquila, vista de tirar o folego, seviço de bar, drinks top e silêncio! Perfeito pra ver o fim de tarde e a partida do navio nesse segundo dia.
Os horários de shows e jantar são um pouco limitantes, e se tem algo que eu não achei ideal foi isso. São 2 turnos de jantar: um as 6:30 e outro as 8:15. Nem pensei em pegar o primeiro, essa hora estávamos sempre na piscina ainda. O problema é que os shows Disney são inversos ao jantar. Entao quem janta primeiro vê o show depois, durante o segundo jantar, e quem janta no segundo turno teria que ver o show durante o primeiro jantar. Não vimos nem uma única noite. Não teria como estar de banho tomado e prontos as 6 pra ver um show, para nós curtir o outside era a prioridade. O ideal seria que os shows fossem após o jantar, nos dois casos. Mas nem tudo é perfeito, é questão de se adaptar e de fazer o que for possível. O jantar era cada noite num restaurante diferente, todos os dias um cardapio mais criativo que o outro, nessa noite o inesquecível foi o tartar de salmão e o ravióli de lagosta. São várias entradas, appetizers, pratos principais e sobremesas, e você pode escolher quantas opções de cada quiser. São pequenas porções, então você pode comer vários sem (tanta) culpa. O mais legal nos jantares era que por volta das 9, quando as crianças já estavam jantadas, os tios do Kids Club apareciam nos restaurantes e levam as crianças para lá, para que os pais pudessem curtir o restante da noite tranquilamente. Todo mundo ficava feliz, nós e eles. Numa noite comum o kids club fechava por volta das 11 da noite, mas em noites especiais ficava ate 1AM. Essa segunda noite era Pirates Night, e tivemos uma grande festa no ultimo deck, com DJ a céu aberto e um show de fireworks incrível sobre o mar! Pra ficar na memória pra sempre!
Amanheceu lindamente o terceiro dia, e ao sair na varanda já nos deparamos com a bela Castaway Cay, a ilha particular da Disney. Linda, linda, linda. Logo após o café da manha descemos para a ilha. Mergulhamos (bonitinho mas nada excepcional, quem já fez mergulho em Punta Cana ou outros lugares do Caribe não vai achar nada de mais, mas para as crianças valeu), nadamos, tomamos sol e andamos de bicicleta pela ilha, um passeio que esse sim vale muito a pena! São trilhas no meio do mato e uma parte na pista do aeroporto da ilha. No meio do percurso tem um mirante com uma vista total, a imensidão verde, o azul do mar e o navio ao fundo. Cena de filme. Tudo bem cuidado, impecável, em cada esquina você ve os detalhes Disney. Até uma agência do correio tem, para quem quer mandar correspondência para qualquer lugar do mundo com o selo Castaway! Vale a pena reservar pela internet desde antes o pacote que inclui equipamento de mergulho, bóia e colchão flutuante e as bikes. Sai por um terço do preço de alugar direto na ilha, e você chega e já busca direto sem precisar pegar fila, cada um na hora que quiser. A ilha é super bem estruturada e organizada, e apesar do número de visitantes nada fica lotado. Cadeiras de sobra na praia, serviços de garçon (mojito delicia) e nada de fila no almoço (era um barbecue estilo americano, varias opções de salada e frutas) e um trenzinho que te leva de uma ponta a outra. No outro extremo da ilha fica uma parte adults only, onde quem vai sem filhos pode ficar sossegado. Acontece também na ilha uma corrida 5K Run, logo cedo, e que infelizmente eu não fui, mas deveria ter ido. Todo mundo que finalizar ganha medalha especial Disney.
A tardinha voltamos para o navio, as crianças queriam ir no Kids Club de novo, então as deixamos lá. Para entrar a criança passa a pulseira por um sensor, que faz o check in. Na saída, só o pai ou a mãe ou alguém cadastrado podem retirar, passando seu cartão e a a pulseira da criança no sensor novamente, e ainda dizer uma senha previamente cadastrada para confirmar. Lá no kids tem vários ambientes, cada um inspirado em filmes como Star Wars, Toy Story, Rapunzel, além de um refeitório e lavadores automáticos de mão, um item bem curioso. Você só coloca a mão em dois buracos e a máquina faz todo o trabalho! Bom para as crianças preguiçosas como as minhas. Obrigatório lavar a mão ao entrar, tanto no Club quanto nos restaurantes, onde os funcionários entregam wipes na porta. Bem melhor que o álcool gel, que eu pessoalmente não gosto. Lá no Kids Club ficam crianças de 3 a 12 anos. Elas podem brincar nas atividades dos monitores, nas competições mais focadas na idade da Lolo (ela adorou e ganhou várias, recebendo prêmios bem legais como bonés e outros souvenirs Disney) ou jogar os games, desenhar, pintar. Se quiser ir embora antes, os funcionários mandam uma mensagem aos pais via telefone do quarto. Todos os quartos tem 2 telefones portáteis tipo celular que você leva com você durante o dia, e usa para se comunicar com quem quiser no navio. Mais uma comodidade incrível, já que os celulares não funcionam em alto mar. Nesse dia me chamaram antes, Nico queria ir pro quarto, então fui buscá-lo e ele estava tão cansado que dormiu 3 horas seguidas essa tarde. Para quem tem filhos menores, tem um berçário super fofo que cuida dos pequenos, mas é cobrado a parte. Para os adolescentes existe uma programação especial também, um espaço teen e tudo focado em muito agito, inclusive passeios fora do navio e uma parte da ilha só para eles. A estrutura do navio tem também um SPA de frente para o mar, com massagens de todos os tipos, saunas, tratamentos de beleza e relax. Chás de todas as ervas possíveis, infusões de aromas, tudo para você não querer sair de lá. Eu pelo menos não queria. Também tem salão de beleza tradicional, e para os pequenos, o Bibbidi Bobbidi Boutique, que é um mini salão que veste e transforma as meninas em princesas, sereias e afins, e os meninos em piratas ou super heróis. Lolo já não quis ir, com 9 anos ela não tem mais interesse nenhum em princesas, e Nico não tem paciência nenhuma para se produzir.
Como tudo que é bom dura pouco, nossa viagem chegou ao fim. Passamos esse último entardecer na varanda do quarto enquanto o Nico dormia, vendo a Castaway Cay ficar para trás. Esse cruzeiro é maravilhoso, mas deixa um gostinho de quero mais, 3 noites passaram voando. São tantas as atividades que quando você esta adaptado, já sabe onde ir, é hora de desembarcar. Mas vale cada minuto! Os cruzeiros Disney fazem EUA, Europa, Caribe e Alasca. Estou aqui quebrando a cabeça pra decidir qual será o próximo. Pode ser que eu viaje em outras companhias no futuro, que tente outro tipo de navio, mas enquanto tiver crianças indo comigo, com certeza a escolha vai ser Disney.
No último dia acordamos cedo, já existe um restaurante designado para o last breakfest e horário cravado para sair do navio. É realmente acordar e partir. Se você quiser fazer compras nas lojinhas, não deixe para o último dia pois estará tudo fechado. Optamos por levar nós mesmos as malas, que eram pequenas, do que deixar na porta do quarto na noite antes. Assim também saímos mais rápido e depois de passar a imigração já deixamos o porto direto. Se o embarque foi rápido, o desembarque mais ainda. Na saída, varias opções de ônibus te levam ao estacionamento, a Orlando, ao aeroporto ou a locadora de veículos, que foi o nosso caso. Dali seguimos para Magic Kingdom, para finalizar uma viagem perfeita no parque perfeito. No fim do dia voltamos ao aeroporto e embarcamos, chegando em casa só a meia noite. Cansados, mas felizes por dentro. São tantos detalhes que mesmo com esse texto imenso eu certamente esqueci de mencionar muitas outras coisas e dicas, que vou acrescentando ao lembrar.
Mas importante mesmo foi ter vivido essa experiência com os meus filhos, e a principal dica é, se você tem a chance, não deixe de ir, não pense duas vezes. Dessa vida a gente só leva o que a gente fez e as pessoas com quem compartilhou. Viaje, viva!